11/03/2010

Aos treze anos

Aos treze anos de idade, ainda vivendo num mundo cor-de-rosa, entendi pela primeira vez o que era passar por uma decepção amorosa. Me lembro como se fosse ontem. Estava numa festinha quando uma amiga, de mesma idade, chegou arrasada porque havia acabado de brigar com seu namoradinho (o primeiro). E por isso, ela chorava rios de lágrimas.

Eu, incrédula, sempre considerada a mais madura e forte de todas, lembro de ter dito:

Pára de chorar! Você fica aqui chorando e ele não está nem aí pra você.

Não é fácil... Ela soluçava.

Deixa... Chorar faz bem. Chora tudo agora que depois melhora. Disse a outra.

Então, soltei uma frase em voz alta que me custaria caro minutos depois:

Eu NUNCA vou chorar por causa de homem nenhum! Nunca!

Bom... Pareceu como um castigo dos deuses.

Apenas meia hora depois de ter dito tais palavras, vi um dos amigos do meu namoradinho (o primeiro) passeando pela festa. E por instinto ou pulga atrás da orelha, resolvi segui-lo.

O resultado, obviamente foi a seguinte cena:

“Paro em frente a praça e seguro minha respiração. Meus olhos fitam uma garota bonita sentada no banco da praça de mãos dadas com um garoto também interessante que me lembra alguém. Sim... eu estou vendo, apesar de não querer acreditar. Era o meu namorado, o meu primeiro namorado, beijando uma menina, e ela não sou eu.”

A minha primeira reação foi respirar fundo... A segunda foi correr... A terceira foi chorar.

...

3 comentários:

Comente aqui!

Respeite a propriedade intelectual. Ao reproduzir os textos não se esqueça dos créditos! Obrigado!