20/12/2010

Do lado de cá

Já havia gostado da música e agora gostei mais ainda depois da montagem que encontrei no Youtube. Deixo o vídeo como inspiração para o ano que se inicia!!!
( montagem feita por @leidiani_ )
Desejo à todos um Feliz Natal e um 2011 de muita tranquilidade, paz, criatividade, saúde, alegria e muito, muito AMOR!!!
Tin tin!! Cheers!

14/12/2010

Igualdades

Durante um café da tarde na cidade, as duas amigas conversavam:

Amiga, sei que você não gosta que eu te apresente as pessoas, mas esse cara você tem que conhecer!

Ai... Sério? Não curto nem um pouco esses encontros planejados.

Sério amiga. Esse é diferente.

Tá vai. Me fala quem é esse partidão.

O nome dele é Leonardo...

Ah... Tá de sacanagem né!

― Por quê?...

Mais um Léo?! Você tá doida!

― Mas amiga...

Pior, mais um “L”... Não bastaram as burradas do Luciano, do Levy, do Lucas e do próprio Leonardo, agora outro?!

― Ora, que culpa eu tenho se os homens que se interessam por você tem a mesma inicial no nome!

Não quero. Eu passo!

Mas amiga, você nem o conhece!

Eu sei! Mas vai ser tudo a mesma coisa. Nem me arrisco mais.

― Não acredito que estou ouvindo isso! Você está solteira há...

― Fala baixo garota!

(as duas riem)

Você vai mesmo dispensá-lo assim? Ele é advogado, tem seu próprio escritório, é mais velho que você uns três anos, nunca se casou e não tem filhos.

― A ficha perfeita né amiga. Mas e se fosse ao contrário?

― Como assim?

― E se eu estivesse apresentando esse partidão pra você e te dissesse que ele era leonino!

― Ah, mas isso é diferente!

― Como é diferente? É exatamente igual! Você não sai mais com leoninos, e eu não saio mais com Leonardos ou outros Ls!!

― Eu não saio mais com leoninos porque eles são realmente todos iguais. Astrologicamente iguais! E não nomenclatura... Ah, você me entendeu!

― Pra mim é exatamente a mesma coisa. Você e eu sofremos decepções amorosas, você com um leonino, eu com os Ls, assim como tem gente que se decepcionou com Josés, ou com Felipes, com aquarianos, ou com médicos, publicitários ou professores!

― Depois não reclama viu. Não vá dizer que ninguém te ajuda. Você está deixando passar uma oportunidade. Das boas!

― Eu estou é me resguardando, evitando o óbvio!

(silêncio)

(dois goles de cappuccino para cada)

― Me diz uma coisa... Ele é bonito?... Porque ele nunca se casou?

11/12/2010

O amor, um bloco e uma caneta

Quem é jornalista levanta a mão!

Agora quem é jornalista e tem problemas do “coração” levanta as duas mãos!

Não que eu não tenha muita coisa para fazer no meu dia-a-dia, mas assistindo a um filme despreocupadamente, percebi que a protagonista; uma mulher toda atolada em seus relacionamentos amorosos; tinha como profissão a mesma que a minha, a linda e honrosa profissão de jornalista.

Partindo daí, me lembrei de uma das mais famosas jornalistas dos seriados de TV, Carrie Bradshaw de Sex and The City, é claro. Com todas as suas dúvidas e aventuras expostas em suas colunas semanais. E Bridget Jones! Quem não se lembra dela?! Terá existido na ficção alguém tão ou mais complicada em assuntos amorosos do que ela? E qual era sua profissão mesmo? Bingo... Jornalista!

E não parei mais. Comecei a listar filmes e seriados, dentro dos gêneros comédia e romance, com o seguinte perfil de protagonista: a mulher que se enrola horrores em seus objetivos e geralmente percebe que todas as suas teorias eram furadas!

Reuni 12 títulos!! As profissões eram dentro ou ligadas ao jornalismo e a comunicação, como editoras de revista, produtoras de TV, articulistas, críticas de comida e livros, publicitárias!

E aí eu realmente comecei a me preocupar! (rsrs)

Será que a sétima arte e seus autores, acreditam que as mulheres dessa área têm tendência a se atrapalhar toda no quesito amor?

Jornalistas amigas, respondam! Eu, com todo esse blog, já respondi por mim!

Alguns exemplos:

Alguém como você ( 2001 ) – Jane Goodale é uma produtora de TV

O amor não tira férias ( 2006 ) – Amanda Woods é produtora de trailers enquanto Iris é jornalista em Londres.

De repente 30 (2004) - A linda Jenna Rink é editora da revista Poise.

Dizem por aí (2005) – Sarah é toda perdida na vida, ela é... Jornalista!

(E você, lembra de mais algum?)

*Obs.: Não leve tudo tão a sério, isso é uma brincadeira! E se quiser brincar fique a vontade, se não, fique também!

06/12/2010

A salvação

Quando ela bateu o pé e disse “que ficaria com ele não importasse o quê;” não entendi de imediato o que ela estava realmente sentindo. O que ela tinha visto nele, como o escolheu no meio de tanta (ou nem tanta) gente.

Depois de um tempo sozinha (não vale dizer quanto), é comum deixar a ansiedade tomar conta de você. Comum não quer dizer que seja certo, mas já vi acontecer, e acho que é o que tem acontecido.

Imagine-se num cômodo fechado, em meio a pessoas que você conhece e desconhece, com caras boas e ruins. Todos passam por você, alguns te olham e até conversam, mas ninguém se arrisca a te tirar de lá, simplesmente porque não querem.

Certo. Você não é bobo, você tenta, e tenta, e tenta, mas nada muda. Você está preso lá e não consegue sair.

E aí você cria expectativa, monta táticas, estratégias, procura defeitos, analisa cada passo, ganha força e confiança pra tentar de novo. Foca no “É hoje” que eu saio daqui, mas você volta do mesmo jeito que foi, sem sucesso. (Barra!!!)

Eis que de repente alguém novo lhe dá mais atenção que os outros. Você não pensaria duas vezes, pensaria? Mesmo sem saber quem ele é, o que ele faz, o que pensa ou o que quer de você, você deixaria essa oportunidade passar? Ou agarraria com todas as forças como uma forma de salvação?

Eu acho que foi assim que ela se sentiu quando ele apareceu. Isso pode dar certo, mas também pode dar tudo errado. (Não gosto nem de imaginar como seria cair deste cavalo).

A ansiedade fala muito mais alto. E a gente mete os pés pelas mãos, fala o que não deve, age diferente de sua própria essência, faz coisas que... Enfim, tem um pouco de desespero nisso. (Mas como não ter?!)

E aí quando esse suposto salvador se aproxima, está tudo tão nebuloso e confuso que seu futuro inteiro passa diante de seus olhos, como se fosse possível premeditá-lo. Inútil, uma viagem, eu sei. E frustração vem em seguida, claro.

E aí você pondera coisas que não fazem diferença naquele momento. Antes você só queria sair dali. Agora somente sair é pouco, você quer saber o que vem depois. (E depois pode ser mais um cômodo sem saída)

A culpa não é sua, na verdade ninguém tem culpa, só essa maldita ansiedade.

“Não ponha a carroça na frente dos bois”.

24/11/2010

Salsa & Merengue

Viajar é bom demais! Sair da rotina, da mesmice, esquecer do trabalho, desconectar-se do seu dia-a-dia... Sair da pressão e depressão interiorana que estava me sufocando faz tempo!

Sim, volto a falar da diferença entre pessoas solteiras que moram na capital e no interior, onde há pouco entretenimento e muita gente com a vida acertada, digo, casada, noivada, com uma filharada, enfim... Por mais que sejamos felizes por eles, chega uma hora que você se sente com um rótulo de fracassado estampado na testa! (Juro!)

Enfim... Precisava respirar um novo ar. E graças à mamata dos feriados brasileiros, foi o que eu fiz.

Não levei muito tempo para me revigorar. Foram tantas as atividades que a impressão foi de que passei uma semana em São Paulo, ao invés de três dias. Acompanhada de uma super amiga, e recepcionada por mais três, o fim de semana não tinha como dar errado. Aliás, preciso dizer que um amigo quase francês estava muito correto ao dizer com que tipo de pessoas eu devia me relacionar. (Ponto pra você Messieur!) Boas companhias fazem toda a diferença, e eu estava com as melhores!

Longe de nos tornarmos caçadoras oficiais de baladas (o que seria bem interessante), iniciamos uma busca no cenário paulistano e depois de muitas indicações e infinitas possibilidades (hello interior!!) decidimos nos aventurar pela Vila Madalena na noite de sexta-feira e pela Vila Olímpia no sábado.

Assim que começamos a nos aproximar das subidas e descidas da Vila Madalena respirei aliviada: “Existe vida noturna após os 25,30, 40, 50,...” (hello interiorrr) E daí em diante foi tudo festa!

Ah!... Por quê o título do post é Salsa & Merengue? Descubra abaixo! Onde fomos:

Boteco São Bento (Rua Mourato Coelho, 1060, Vila Madalena / www.botecosaobento.com.br )

As opções de bares e botecos, dos mais arrumadinhos aos pés de chinelo são muitas, melhor descer do taxi (por causa do trânsito lento) e passear por eles a pé, enquanto escolhe, já rola uma paquera! E tem que ter paciência, pois pra todos eles há fila de espera!

Gostamos do São Bento por ser grande e agradável!

Comida e drinks: As bebidas são bem servidas, ao contrário das porções de petiscos que apesar de muito gostosas, são caras e pequenas! Mas se for rachar a conta, não tem problema! Opções de drinks: Hi-fi, Água de beijar e Sex on the beach, provados e aprovados!

Interessante: Depois de 1 da manhã, os bares colocam as pessoas que estão sentadas do lado de fora para dentro do bar. A lei do Psiu proíbe mesas do lado de fora depois desse horário por causa do barulho. A idéia é manter um bom relacionamento dos moradores com os estabelecimentos! (Mandou bem São Paulo!)

Curiosidade: Um garçom que sempre roubava nossos copos e cestinhas sem a gente ver! A batata-frita não tinha acabado moço!!

Rey Castro Cuban Bar (Rua Ministro Jesuíno Cardoso, 181, Vila Olímpia / www.reycastro.com.br )

O que um sobrado antigo na Vila Olímpia pode te oferecer? Uma boa e selecionada balada ao ritmo de salsa e merengue a noite toda! Uma banda ao vivo divertidíssima e um DJ que mistura os ritmos latinos com músicas pop, dance e hip-hop atuais! Bailarinos (que não sei se são contratados ou não) rodopiando pelo salão arrasando nos passos! Nem precisa dizer que adorei certo?!

Escolhemos essa balada por ser diferente de tudo o que já fomos! Além das ótimas indicações!

Preço no sábado para mulheres: R$30 pista e R$40 camarote (existe a possibilidade de colocar nome na lista e fazer festas de aniversário com desconto!)

Comida: Não jantamos no lugar, mas uma das amigas disse que a comida é muito boa!

Drinks: Há uma lista imensa de bebidas latinas como Mojito, Tequila e Margarita, mas escolhemos e aprovamos muitíssimo: Piña Colada, o Toreador, Cosmopolitan, os tipo Frozen. (Obs.: Isso não era tudo meu viu!)... Só agora achei no cardápio que havia Amarula Frozen... Perdi, vou ter que voltar pra experimentar! Afim de chacoalhar os quadris? Faz um bem danado!

*O preço dos drinks vai de 14 a 20 reais em ambos os lugares.

*Fotos retiradas da internet

#ouvindo Valió La pena! / A salsa não sai da cabeça! rs

17/11/2010

Simples

“É só olhar, depois sorrir...

Depois gostar...

Você olhou, você sorriu,

Me fez gostar...”

( O que é amar / Johnny Alf )

Engraçado que de um dia para o outro, um simples olhar pode passar a ser diferente dos olhares dos outros, e de todos os outros olhares que a mesma pessoa lhe deu por toda uma vida.

Como pode?

15/11/2010

No, you can NOT!

Nunca antes na história deste blog (rs), dediquei um post inteirinho para “malhar” uma classe que não se pode viver com, e nem viver sem:

Os homens! (claro)

Talvez pelo fato de que meus textos geralmente expressam uma visão dos relacionamentos da mulher que não se faz de vítima. Nunca dou ao homem o papel de vilão, mas enfoco como a mulher muitas vezes, desempenha o papel da Maravilha.

No entanto, tudo tem um limite. E o dia de vilão chegou.

Mesmo sabendo que muitos dessa classe curtem ler o blog; sem generalizar e sem analisar os dois lados, hoje estou aqui para dizer algumas verdades:

É preciso e necessário frisar o quanto a classe masculina consegue ser desprezível!

Isso mesmo! Desprezível, sem noção, sem coração, inconseqüente, intransigente, incapaz de pensar na pessoa que convive com ele...

Homens que vivem a partir de um convencimento de mentalidade “sexo forte”, que carregam em si o lema “Nós podemos” (porque somos homens) precisam e devem ouvir a seguinte frase:

No... You can NOT!

Vocês simplesmente não podem fazer tudo o que vocês querem, nem como vocês querem, nem a hora que querem. Não mesmo.

Vocês não podem dar aquela escapadinha pra balada depois de encontrar a namorada, puxar papo com uma solteira e ainda jurar de pés juntos que está sozinho também! (Double crosser! Crime duplo! Não pode! Bando de @#$%¨& Tem namorada para que então?!).

Vocês não podem “chegar chegando”, pagando as coisas, ou simplesmente achar que merecem isso ou aquilo, se a gente não deu nenhum sinal de interesse. E mesmo se tivermos dado, calma lá!

Merecimento vem depois de muita conquista, luta, esforço… Mais especificamente de beijos e abraços bem dados, presentes, carinho, amizade, interesse, apoio, confiança... Preliminares!! (For God’s Sake!!)

Vocês não podem simplesmente abandonar a mulher que te ajudou a crescer na vida. Que te pôs pra estudar, que te apresentou pessoas influentes, te ajudou a conseguir trabalho, que desenhou seu futuro melhor e te deu filhos lindos! E aí quando você finalmente entra para a faculdade, é beijo e tchau? E quando eu digo abandonar, não quero dizer terminar, mas negligenciar, que é muito pior! (olha o remédio de pressão querida leitora...)

E eu que tinha achado que os homens haviam parado com essa bobeira de mentir para onde estão indo, de omitir informações pra não se complicar, de agir como uma criança que faz lambança e não tem capacidade nem de esconder direito, nem de solucionar o problema. (Affffff).

(respira)

Já vi homens destruírem suas famílias por causa de vícios, dinheiro, outras, outros... E sei que seres humanos cometem erros, fazem burradas, e que também tem novas vontades e desejos, como a mulher também tem e faz. Mas o que me parece é que o sexo masculino tem uma tendência maior a infringir, a não se importar com o que está em volta. Eles preferem arriscar, sentir a adrenalina do novo, a se “acovardar” diante do risco.

Meio estúpido, na minha opinião, mas...Eu sou menina! (rs)

Menina essa que sofre. A mulher sofre sim. Pois é forçada a passar por um processo dolorido de separação, é tachada pela sociedade e ainda tem os filhos... Lembre-se, que ela tem que estar linda, claro.

Não que a mulher não seja forte o suficiente para dar a volta por cima e ainda sair sorrindo. Mas certamente se ela tinha um compromisso com a pessoa, nada disso estava em seus planos felizes.

Enfim...

Tá vendo o que vocês homens fazem?!

Citando o título da nova minissérie da Globo, porém alterando-o:

“Afinal, o que querem os homens?”

Um harém?!

Então porque não se mudam para alguma região das Arábias?! ...

Ah, claro. Porque além de tudo, são preguiçosos, daria muito trabalho...

10/11/2010

Transformação

Prefixo “ex”: de origem latina, exprime as idéias de separação, extração e afastamento. O substantivo que lhe segue significa aquilo que alguém foi, mas já não é.

Tem ex-presidente, ex-jogador, ex-bbb, ex-funcionário, ex-diretor, ex-marido... Ah, e tem também a EX-namorada.

Tão ou mais odiada que a sogra, essa personagem do mundo dos relacionamentos causa grandes pavores e neuras. Muito além de um prefixo; a namorada quando vira EX (“É hora de Morfar!”) ganha super poderes maléficos, ultra “power” perigosos!!

Sempre pensei dessa forma. Considerava as Ex do meu Ex (que engraçado dizer isso), uma ameaça. Mas agora que eu faço parte desse time, o que eu acho?

Que somos mesmo! (tensão!)

Brincadeira.

Não ganhei super poderes. Não sofri mutações, não me tornei uma X-woman. Talvez tenha ganhado um título de megera, sem coração, louca... (Biatch!), mas é o que dizem que represento, e não o que sou. (pigarro...).

Sei que tem gente que encarna, tem EX que não sai da cola. (E isso vale para homens e mulheres). Mas como já citou o bom e velho dicionário, EX é uma coisa que “já foi, e não é mais”. Tudo se apaga com o tempo.

No entanto, é interessante estar do outro lado. Por alguns anos, vi meus amigos trocando de namoradas e acompanhei várias transições de atual para EX.

(Aliás, é necessário frisar. Num grupo de amigos, quando você se torna EX, quer dizer que é EX para todos e não só para o namorado. Se engana quem acha que vai conseguir manter 100% da amizade que tinha antes de adquirir o pesado prefixo. É raro, bem raro. Mas isso é outro assunto...)

Voltando aos meus amigos... Eu ficava do lado deles e assistia as outras se tornando megeras nas bocas das novatas. Sempre tentei manter a política de boa vizinhança, porque acabava me tornando amiga de todas elas. Mas em alguns casos eu acabei ficando no meio da zona de conflito! (perigo!!)

Engraçado lembrar.

Sorte que depois de um longo tempo as pessoas vão esquecendo. Eu, pelo menos, comecei a eliminar algumas informações. Como por exemplo, por esses dias, esbarrei com uma EX de algum daqueles amigos. Ela era EX, isso eu tinha certeza, mas EX de quem mesmo?? E o nome dela qual era? O que fazia, da onde era? Não faço idéia.

O prefixo (imutável) permanece, mas a história se apagou. Melhor assim!

...

22/10/2010

Superstição II

Não tinha como evitar, talvez ela até tenha feito de propósito, mas...

Era um cruzamento entre uma das salas e o corredor, uma não viu a outra. Só percebi quando era tarde demais, já tínhamos batido de frente e a vassoura da senhora da limpeza já tinha dançado em cima dos meus dois pés!

— Meu Deus! Perdão! — ela bota as duas mãos sobre o rosto como se tivesse cometido um crime!

— Tá tudo bem, não tem problema! — eu tento fazê-la relaxar.

— Eu juro! Eu nunca que ia querer varrer seu pé! — ela encara a vassoura como se pudesse culpá-la.

— Haha... (respirei fundo) Quer saber?!

— Diga.

— Eu to igual ao Tiririca amiga... Pior do que tá, não fica! Poooode varrer!

...

*Relembre o primeiro texto sobre as Superstições

21/10/2010

Nova fórmula

Quando o assunto é a busca pelo amor, tem gente que apela para todos os meios, desde a balada, a beleza, riqueza, sorte, mandinga, religião... O que for; desde que sirva de auxílio nessa procura incessante, tá valendo.

Júlia havia entrado nessa paranóia. E chegou ao trabalho declarando que havia encontrado uma nova fórmula para chegar ao amor:

— É sério gente, eu descobri o que estava errado!

Apesar de saber que não havia nada verdadeiramente errado, entrei na sua onda:

— Então nos diga logo o que é!

— Preciso fazer uma mudança mental... Preciso não... Já fiz! — ela sorri de canto a canto.

Com medo de minha amiga ter sofrido de algum tipo de lavagem cerebral, eu continuei:

— Mudança mental? O que foi que você fez Jú?

— Ai, relaxa Carol, não é nada demais. É que eu estava lendo sobre aquela teoria das forças do universo...

— Sim, tudo o que você faz e pensa tem retorno pra você... — outra colega completa.

— Exato! Então... É isso! — ela pula de alegria!

— Como assim é isso Júlia?! — minha desconfiança a fez parar de pular e se sentar ao meu lado.

— Sabe quando a gente vê um casal lindo e contente por aí, e na hora morremos de inveja... Coisa que eu também não vou fazer mais... Sabe quando vemos os pombinhos e na hora fazemos caras e bocas?

— Tipo?

— Tipo torcer o nariz Carol, ou revirar os olhos de desdém! Fazer cara de “eca” !! — ela imita.

— Uhm, sei... — Agora ela realmente prendeu minha atenção.

— Então. Parei com isso!... Não vou mais colocar a língua pra fora e enfiar o dedo na goela nem que o casal seja mais melado que doce de leite com mel! Eu juro!

— Ok. Mas o que isso tem a ver com a lei da atração? — Agora toda a redação parou para ouvir.

— Simples amigas. Se eu fico fazendo essas coisas negativas eu as atraio de volta pra mim, certo? O universo vai pensar que eu não gosto de ser mimada também, de receber flores...

— De beijo roubado, de jantar surpresa...

— De falar igual criança, de ter apelidos engraçados...

— De chamego, de ganhar bombom...

— De carinho no cabelo e no rosto, de piadas sem graça...

— De casamento! — eu fui a última a completar.

(houve um silêncio)

— E aí, quem tá comigo nessa? — Júlia contaminou o ambiente, e enquanto todas respondiam positivamente ao esquema, eu...

— Bem... Não há mal algum em tentar né. Eu... Topo!

(Eu já disse que para encontrar o amor, vale tudo?)

...

24/09/2010

Eu falo de romance II

Senti a necessidade de voltar para reforçar o que eu quis dizer em meu texto anterior, e ter certeza que passei a minha mensagem corretamente:

(Até porque acabei de ler um texto em outro blog sobre o mesmo assunto e pirei!)

Comparar sua própria vida aos romances e outros filmes afins é um tanto sem cabimento! Você compara sua vida ao Avatar? A Crepúsculo? Que tal Aliens? Não, certo?!

No entanto, que mal há em desejar o que está na telona? Cada um deseja para sua vida o que achar melhor! Desde que tenha em mente que filmes, são filmes. (E aí entra a parte do sofrimento que eu me referi)

E gostar do gênero comédia romântica, não é um crime! Não faz de você uma pessoa inferior, ou burra!

Eu gosto! Eu assisto comédias românticas para meu puro entretenimento! E punto e basta!

...

22/09/2010

Eu falo de romance

Ok, geralmente é assim:

“Ela sempre espera por esse momento, mas nunca acredita que vai acontecer. Ele na maioria das vezes é confiante e bonito demais para ser desastrado e topar com ela no meio da rua, mas é assim que eles se conhecem. E aí tem um café, ou uma taça de champanhe num bom restaurante, adicionado a boas risadas, coincidências, muita conversa, sorrisos e pronto... Eles se entendem e se apaixonam. Claro que sempre há impedimentos para atrapalhar, dois amigos conselheiros (um para cada lado) para ajudar, uma linda trilha sonora, beijos, olhares e cenas de tirar o fôlego.”

Obviamente o que eu narro acima é uma possível sinopse de um filme estilo “água com açúcar”. As películas desse gênero não têm sido muito criativas ultimamente e, por esse e outros motivos, têm sido alvo de muitas críticas mundo afora. Coisa que nem sempre eu concordo.

Filmes de romance ou comédias românticas são clichês, eu sei. Por várias vezes a mesma atriz faz o mesmo estilo de papel, só mudando o nome, a cor do cabelo e a cidade. (Mesmo assim têm algumas que eu não me canso) Sei também que a fórmula de final feliz parece não estar agradando a todo o público. Pelo menos são críticas assim que eu tenho lido em minhas zapeadas pela internet.

E isso me fez levantar a questão: O que está acontecendo? Será que a sociedade perdeu a paciência com o romantismo? Será que as muitas desilusões e problemas afetivos estão deixando as pessoas com um coração de pedra?! (Do tipo: se eu não tenho esse amor, ninguém mais pode ter?!)

(Obs.: Se está se sentindo enganada pela sétima arte... Atenção, aquilo... É ficção!)

Eis o que eu penso.

Não há que se criticar o gênero. Existem filmes bons e ruins, sim. Mas na qualidade, no roteiro e na interpretação. No entanto, filme água com açúcar, sempre será água com açúcar. É bom assisti-los estando preparado para invejar (branca) a “mocinha”, suspirar pelo “mocinho” (ou ao contrário), chorar, rir, desejar... Enfim, sentir o que de melhor, a linha de bons filmes do gênero, nos apresenta.

Agora, se o lance for de ressentimento, inveja ruim, agonia, ansiedade ao assistir o filme... Se te faz sofrer... É fácil! Não assista! Melhor deixá-lo pra lá e procurar outra coisa para fazer. Para que ficar se remoendo?

E quanto às críticas, a não ser que elas sejam técnicas, o que entendo perfeitamente, pense que uma estória pode não servir para você, mas pode servir para outra pessoa, e servir muito. (Assim como os relacionamentos, sabe...)

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. (Embora a gente reze pra que não seja!)

#ouvindo Alicia Keys - músicas do CD As I Am.

13/09/2010

Bobagem

Sim, eu sou uma boba.

Dessas que riem a toa até sozinha;

Dessas que ao ouvir uma valsa, se imagina dançando com alguém especial;

Dessas que na verdade, viajam em qualquer música que toque.

Eu sou uma boba.

Dessas que por incapacidade, acreditam nos mentirosos e desconfiam dos que falam a verdade;

Dessas que dificilmente fazem algo que vá magoar quem se gosta;

Dessas que quando magoam, se punem por isso.

Sou uma boba.

Dessas que rezam mais pelos outros do que por si próprio;

Dessas que suspiram pelos cantos sem motivo aparente;

Dessas que compõe letras de música ou escrevem em blogs.

Uma boba.

Dessas que as piadas não fazem muita graça;

Dessas que se comunicam mais facilmente com os animais do que com humanos;

Dessas que as oportunidades passam e não são percebidas.

Dessas que não tem nada interessante para contar sobre suas próprias vidas.

Boba

Dessas que vivem no mundo da lua. Dessas que a lua às vezes lembra um gato. Dessas que em muitos momentos, só o gato faz companhia. Dessas que não tem companhia porque não confiam. Dessas que não confiam porque tem medo. Dessas que são medrosas porque são bobas.

...

10/09/2010

Papéis

"Engraçado quando se invertem os papéis: Mulheres pensando logicamente enquanto homens falam de amor."

...

Tome nota II

Para começar eu digo: tudo é relativo ok?!

Quando você solteiro decide levar uma companhia, outra solteira, a um evento entre família ou amigos bem próximos, tenha em mente que poderá passar pela cabeça dela, que você está querendo deixar os amassos inconseqüentes, e iniciar algo mais sério.

Só que, muito provavelmente, a intenção do gato é de apenas continuar ficando com a gata, ou usá-la para se exibir e até aproveitar o momento “bom moço” para levá-la a outros fins (que nada sérios são).

Seria pedir muito, aos queridos solteirões que prestassem atenção a essa questão? Nos avise, alerte-nos de alguma forma. Não seja um #$%@&, enfim...

Ok. Eu disse que tudo é relativo. E existem exceções nos homens e nas mulheres!

Tem gata que vai, se joga, não está nem aí! Não liga para posar de namorada por uma noite e ainda é bem possível que ela se divirta muito. O que essas gatas querem é aproveitar as oportunidades e, tendo em vista as atitudes masculinas descritas acima, acho justo!

No entanto, existe o outro lado. Se você solteiro convidou a solteira para um evento assim e ela recusou (com qualquer desculpa boba), a verdade é que ela pode estar evitando subir o nível do relacionamento, ou então tem outros motivos que podem ter a ver com você, com outro, com ela, com o tipo de evento, com um penteado que não deu certo, com a falta de roupa, etc.

E mais uma vez, ou não...

09/09/2010

O tema é Paquera

Quando o assunto é paquera, a primeira coisa que a maior parte das novas solteiras pensa é: “eu não sei mais fazer isso”. A falta de prática e do costume de ser alvo dos olhares e cantadas masculinas nos inibe mesmo, e leva um tempo (para algumas), para a mulher começar a se soltar e se sentir confortável.

Bom... Eu não sou mais tão novata nesta escola, e mesmo assim não vou indo bem nessa matéria. Para dizer a verdade, do jeito que as coisas estão, eu estou levando é bomba!

Fico impressionada, quando vejo uma amiga dominar essa arte com tanta propriedade. Será que é isso? Será que paquerar é uma arte, uma técnica, um dom?... Isso explicaria por que alguns desenrolam melhor do que outros, pelo menos.

(Sei que ela parte da facilidade de comunicação verbal ou não verbal entre as pessoas, mas a teoria é fácil.)

Na hora do “vamos ver” a coisa não sai. Não consigo demonstrar o interesse que tenho na outra pessoa. Em termos telefônicos, é como se eu enviasse a mensagem, mas ela não chegasse. (Claro que pode ser culpa do outro aparelho, mas é mais complicado do que isso).

...

Por quê?

Para mim paquera é pra ser uma coisa divertida, natural, sem premeditações. Um jogo de curiosidades, de olhares e de reciprocidade (Senão qual a graça?). Enquanto o que tenho observado por aí é uma necessidade, uma obsessão de ver e ser vista. Uma pressão quase robótica de ficar e ficar, e ficar, e ficar...

Mas sair de casa sabendo que vai terminar no zero a zero?! Não te entendo! Ela levanta a questão.

Ora! Francamente! eu respiro Eu quero sair para me divertir... respiro mais um pouco Encontrar gente, bater papo, dançar com os amigos ou sozinha, by myself, alone, sola capiche?! Eu grito!

A paquera deve ser conseqüência, coincidência, destino que seja! desabafo.

...

Mas a pressão é verdadeira, e no final das contas é isso que acontece: perco os olhares, só reparo nas coisas depois que as outras já repararam por mim, não sei o momento certo de sorrir, de encarar, de falar... (Bate vergonha, medo, ansiedade... afinal, essa não sou eu) Quando falo, esbanjo simpatia, sorrisos e interesse (não me subestimem também), mas até chegar à fala, tenho que passar por todos os outros passos e se nada acontece, o que sobra é só a minha frustração.

E tem mais! Não sou competitiva. Se o cara for do tipo que está rodeado de mulheres, por mais que eu me interesse por ele, eu me retiro. Prefiro pensar que se ele quiser, ele virá, independente de quantas opções tiver. (Dividir? Espera aí, modernidades têm limites...)

—Você tem certeza que o problema é esse? Eu acho que você não está interessada em ninguém de verdade, isso sim! — minha consciência me interrompe.

Shiiu...! Fique quieta, não me faça perguntas difíceis! eu corto. Melhor cortar.

...

Post um tanto revelador hum. Isso porque vocês não fazem idéia de tudo o que eu escrevi e apaguei em algumas tantas horas. Fica pra mim, somente. Um dia, se der, eu conto.

Para quem achou esse post um monte de baboseiras em forma de palavras, passei do ponto de me importar; passar bem!

#ouvindo Trilha do filme “Shall we dance?” (ouça você também, enquanto lê)

03/09/2010

Um início

Num lampejo de tristeza profunda

Num aperto de coração

Ou num coração que esteja vazio

Tudo em volta parece lindo

Enquanto tudo dentro parece feio

E aí o que compensa?

Compensa beber para esquecer?

Compensa comprar para agradar?

Compensa comer para satisfazer?

Compensa forçar para conseguir?

Ou frustra mais se arrepender?

Ou frustra mais perceber que não vai funcionar?

....

Acho que descobri da onde nascem os vícios. (Da bebida, da comida, das compras...) Eles vêm preencher uma ausência. Suprir uma necessidade visível, ou invisível.

Bebemos para relaxar. Comemos mais do que devíamos para satisfazer. Compramos porque achamos que se o outro tem e é feliz, se tivermos seremos também. E nada disso funciona, obviamente. E aí fazemos todo o roteiro de novo.

Alguns são mais fortes, percebem a estrada que estão seguindo a tempo de frear. Outros não.

Nessas horas é bom saber que os amigos existem. A família também.

Um aviso: pare enquanto é possível. Por você.

....

Estou há dias sem escrever. Nem rascunhos tenho feito. Tem momentos em que precisamos refletir sozinhos.

20/08/2010

O festival

Eu, de repente, me lembro

Foi num mês de setembro.

Daqueles nem frio, nem quente.

O futuro nos aguardava ansioso

Enquanto o grande festival se aproximava.

Eu acabara de retornar a minha vida,

Não esperava por nada.

Mas você, no instante da semelhança,

Me estendeu a mão, confirmando que estaria lá comigo.

Vivemos aquele momento juntos

Apesar de gostos e dias diferentes (quanta disparidade).

E fomos felizes, fomos muito felizes,

Cada um com o seu show.

Dos detalhes eu não me recordo, mas eu acho que foi incrível.

...

São quase 10 anos agora.

O tempo passou, nos abateu...

E hoje estou aqui

Numa caminhada um pouco mais quieta.

Talvez como da primeira vez,

Retornando à vida e contemplando a chegada de um novo setembro,

Sabendo que o futuro não é tão ansioso assim, melhor é o presente.

E ano que vem, haverá outro festival.

Não será o mesmo, não será a mesma coisa...

Mas daqui a pouco é setembro, nem frio, nem quente, novo festival...

(muitas lembranças, muitas expectativas, algumas coincidências, vida louca...)

17/08/2010

Kiss!

Para esquentar esse frio...
"You don't need to be rich, to be my "boy",
You don't have to be cool, to rule my world,
Ain't no particular thing, I'm compatible with,
I just want your extra time and your... Kiss!"
#ouvindo - Kiss - Prince

Um post nada a ver

O cursor fica pulando na tela. Quase no mesmo ritmo que meu coração bate.

Fico olhando pra ele. Pensando sobre o que escrever.

Tem horas que dá vontade de escrever tudo, de falar tudo, liberar geral! Mas logo me lembro que tem coisas que não se deve publicar.

A autocensura funciona comigo. Tenho que me podar para não agredir os outros, não ferir os sentimentos dos outros. Penso nos outros, logo existo.

E também tem a questão do gostar. Quando termino um texto e gosto dele, torço para que os outros gostem também.

Ai, e como é difícil. Há pessoas para criticar tudo que se faz. Se você age de um jeito é criticado, se você age de outro também é.

Impossível agradar a todos.

Ainda mais numa época em que o jornalismo é todo louco. Todo mundo escreve, todo mundo critica. E quem critica não faz idéia da diferença entre uma reportagem, uma crônica, um artigo. E sai criticando o que não tem absolutamente nada a ver com nada.

Esse blog não é jornalístico, mas tem coisas que quando entalam na garganta...

Enfim... Andei rondando outros blogs. Uns bobos, outros mais intensos e interessantes. Mas as pessoas não estão nem aí, elas querem se expressar e criticar. Dar opinião hoje é uma questão de honra, de participação, de “eu estou vivo”.

Tudo bem, não vejo problema nisso. É legal interagir. Aliás, isso não tem nada a ver com os comentários que recebo aqui. Gosto até quando recebo uma crítica negativa, pois geralmente duvido quando tudo está perfeitinho demais.

Mas ao mesmo tempo, me espanto quando minha opinião diverge do restante da massa. E divergir da massa é um problema sério, pois você se torna parte da minoria, e por minoria eu já disse tudo, não?

Mas o que estou falando? Como fui parar nesse assunto? Sobre o que eu falava antes mesmo?

Ah... O cursor. Ele ainda pisca.

11/08/2010

A garçonete esquisita

Os dois se encontraram, deram um beijinho e saíram caminhando de mãos dadas na minha frente. O namorado e a garçonete esquisita.

Ah lá! eu aponto em pensamento Até ela tem namorado! eu os acompanho com os olhos tomando cuidado para meu corpo não expressar o que eu estava sentindo.

Taí... O problema só pode ser eu! continuo pensando enquanto sigo no mesmo caminho atrás deles.

Eu estava voltando pra casa. Na minha. Sem incomodar ninguém. Mas foi só a garçonete esquisita aparecer e me mostrar que ela tem um namorado e eu não, que minha mente funcionou como um vulcão em erupção. Sim. Uma erupção de pensamentos. Uma erupção de paranóias:

Por que eu não tenho e ela tem? Eu sou mais bonita, não sou? Será que não sou bonita? Estou gorda, isso sim!... Talvez seja porque sou metida, já me falaram isso! Preciso melhorar nisso. Mas eu sou tão simpática, ou não sou? Talvez eu seja inteligente demais... Não (dou risadas), não sou inteligente demais. Será que sou de menos?... Lógico que não!... Será que os homens me acham superior?... Preciso voltar pra academia, eu me arrumo mais hoje em dia, ando até maquiada, eu achei que estava fazendo tudo direitinho, mas não está adian-tan-do...

Ah! Que ótimo! meu pensamento é interrompido pelo casal que agora resolve parar no meio da ponte para se beijar romanticamente. Ninguém viu, mas dessa vez eu revirei os olhos de raiva.

Antes que eu os alcançasse, os dois terminam o beijo e ele gentilmente se oferece para carregar a bolsa da namorada esquisita.

Deve ser início de namoro, só pode. eu invejosamente penso.

Eles seguem para um lado, e eu sigo para outro, com a idéia deste post na cabeça...

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#ouvindo – Mercy – Duffy

08/08/2010

Da série: Ainda tenho muito que aprender II

Ela tinha acabado de se tornar a mais nova solteira do pedaço. Com seus 30 e mais alguns anos, ela ainda coloca muitas menininhas no chinelo, como diz a expressão popular.

Ainda se recuperando do término do casamento, ela comentava que iria sobreviver:

Estou jovem!

Sim! todos concordavam.

Não sou de se jogar fora! ela se exibia.

Claro que não, você é linda! todos acrescentavam.

Tenho minha vida profissional resolvida.

É verdade! as cabeças balançavam para cima e para baixo concordando.

Tenho meu carro....

Sim...

Meus estudos....

Sim....

Um apartamento só pra mim...

Sim...

Peraí! um dos mais novos dos rapazes saltou em frente a ela. Solteira, bonita, com a carreira resolvida, com carro e apartamento novo?!

Sim! era a vez dela de concordar!

Quer casar comigo?! ele dispara deixando todos atônitos e causando uma explosão de gargalhadas!

Eu sou um partidão, não sou? Pena que você é muito novinho pra mim!

Agora eu entendi! Entendi tudo! era minha vez de retrucar.

O que foi amiga?

Estou solteira há dois anos e nada, ela está solteira a cinco minutos e já recebeu uma proposta de casamento!

Vai vendo aí amiga... Vai vendo!

E as gargalhadas só aumentaram!

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04/08/2010

"Meant to be"

Todo mundo um dia para e pensa no “E se...?”. No meu caso, a pergunta “E se eu não tivesse terminado”, vez ou outra pipoca em minha mente.

Há pouco tempo estava analisando. Não sei se a vida de uma forma geral mudou, se as coisas estão acontecendo mais por aqui, ou se era eu que estava adormecida, vivendo num mundo escuro, longe das oportunidades e dos acontecimentos.

Fico imaginando se estivesse namorando ainda hoje, se iria aos shows, se sairia com os amigos, se conheceria um lugar ou outro diferente. Claro que não é possível medir isso com clareza, mas tenho minhas dúvidas se minha vida seria 10% do que ela é hoje, como solteira. (Entretanto, é preciso ser honesta num ponto, não era infeliz namorando, e meu ex é uma ótima pessoa, sem mas.)

De uma coisa eu sei; o Gatos na Cama com certeza não existiria.

Lembro-me do que uma amiga muito querida disse, ao telefone, no dia do meu aniversário. Foi uma coisa simples, que eu já havia dito para outras pessoas, mas direcionada a mim a mensagem teve um peso diferente. Mais ou menos assim, ela disse:

“...que você tenha calma, que tudo acontece por um motivo, as coisas acontecem num tempo certo, fica tranqüila e confia nisso...”

E aí eu penso:

“E se tudo isso era realmente “Meant to be”?”

Será que tudo isso tinha que acontecer para que eu pudesse ser uma pessoa melhor? Se não houvesse namoro, problemas e separação, não haveria novas oportunidades, novos amigos, um blog, novas perspectivas, mais coragem talvez...

Gosto desta forma de pensar. Me faz acreditar que existe sim uma força maior desenhando nossas vidas para que elas tenham sentido no final. Um tremendo artista, eu diria. Difícil é conter a ansiedade em saber o que vem por aí.

...

*Meant to be – uma coisa que estava destinada a acontecer, que tinha que ser de tal forma.

30/07/2010

Da série: Ainda tenho muito que aprender

Duas amigas conversavam:

— Eu não acredito que ele me deu um bolo!

Ele te deu um bolo? Quando amiga?

Ontem! Aquele filha da p#$%! Não podia ter feito isso comigo!

Mas ele simplesmente não foi?!

É.

— Ai, esses homens... Porque será que ele fez isso?

Ah!... Eu tinha dado um bolo nele na quarta e na quinta, agora ele me deu o troco!

Peraí!! a informação cai como uma freada brusca de carro Você deu dois bolos nele?!

Sim! ela ri.

Mas amiga... Porque?! eu indago.

Por esporte. ela dispara!

Cara... (respiro)... Eu ainda tenho muito que aprender! Choquei.

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27/07/2010

Em outras pistas!

Tantos dias sem postar! Perdoem-me.

Eu andei sem inspiração. Tinha pautas e idéias na cabeça, mas estava difícil colocá-las no papel. Uma delas, por exemplo, se tratava da diferença entre as metas e estilo de vida das pessoas no interior e na capital. Já havia comentado o assunto entre amigos e escrito alguma coisa por aqui, mas essa fórmula teórica não estava funcionando.

Faltava um gancho para escrever este texto, faltava uma prova, precisava de mais do que opiniões externas, precisava ver na prática, me faltava a experiência. Isso... Experiência!

Agora não falta mais.

No último fim de semana, eu e minha parceira de baladas rumamos para a capital para “bordejar” pela noite carioca em busca de boas companhias, boa música, gente bonita, e de algumas respostas. Tudo pela ciência, eu juro!

E nada como mudar de ares para enxergar as coisas com mais clareza. Agora posso até afirmar, há mais solteiros balzaquianos aparentemente disponíveis na capital do que no interior sim! (questão essa de extrema importância para a sociedade, eu sei)

Não é uma questão de maior população ou de turistas que vem a cidade. A questão é o que essas pessoas colocam em primeiro lugar na vida, como carreira, estudos e só então o casamento, enquanto no interior essas três coisas andam meio juntas. Ou simplesmente, seja realmente difícil largar a vida de solteiro numa cidade com tanta coisa para fazer! Enquanto por aqui, enjoamos das mesmas pessoas e das mesmas boates. (How sad is that?!)

Outro fato interessante. Não há somente homens na casa dos 30 dando sopa por lá. Em alguns ambientes as idades se misturam, e você encontra homens acima dos 40 anos e até bem mais do que isso!... Calma! Eles não fazem o meu tipo! Mas pense nas solteiras do interior que estão nessa faixa etária. O que é oferecido a elas em termos de diversão por aqui? Infelizmente nada. Enquanto isso, os “senhores” e “senhorinhas” estão botando pra quebrar na capital, eu vi.

É verdade também que a concorrência é igualmente maior. O que torna os homens um pouco cheios de si e algumas vezes eles olham, olham e vão embora fazer outra de boba. Mas vale a experiência. Tem que levar na brincadeira e aproveitar, até porque é sabido que muito raramente se encontra o homem da sua vida numa balada (da série: verdades estranhas que toda solteira diz), no entanto, por se tratar do Rio de Janeiro, você pode esbarrar com ele na praia, no restaurante, no shopping, no museu, na sorveteria, no metrô, no hotel...

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Onde fomos:

Sexta - Bar Bukowski - Botafogo

Ambiente: Parece uma festa privada, apertado, escuro e interessantemente curioso.

Música: Rock, POP anos 80 e 90. Alguma coisa mais recente, mas pouco.

Bebidas: Piñacolada e Hank aprovadíssimos!

Público: Entre 20 e 40 anos, bem descolados e descontraídos. Estilo de roupa, qualquer um!

Sábado - Boate Rio Scenarium – Rua do Lavradio, Lapa

Ambiente: Decoração retrô que vai do maravilhoso ao sinistro! Três andares bem espaçosos para bater-papo e dançar.

Música: Banda ao vivo com samba, marchinhas e forró, pista com DJ com lounge e Techno Brasileiras. (preferi a banda)

Bebidas: Não curti nenhuma. Uma pena. Mas a comida é ótima e barata!

Público: De 20 anos pra cima!

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É preciso lembrar que todo esse ponto de observação partiu do belo dia em que resolvemos sair para uma balada na noite dos namorados. Com a certeza de que encontraríamos todos os solteiros da região que, na nossa cabeça, podiam estar “entocados” em casa. Fomos da ansiedade a frustração ao perceber que o lugar estava vazio. E chegamos todas juntas a mesma conclusão: “Não há homens solteiros nesta cidade. Todos os que vêm aqui regularmente estão, na verdade, “dando perdido” em suas namoradas. Mas hoje estão ocupados.” (E só se ouvia o barulho dos grilos cantando). Foi assim que tudo começou!

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Respeite a propriedade intelectual. Ao reproduzir os textos não se esqueça dos créditos! Obrigado!