18/03/2010

Era uma vez...

Assisti num canal de TV por assinatura um documentário sobre a influência dos contos de fadas na vida das mulheres. É bem verdade que, desde pequenos, aprendemos que meninas são princesas, e meninos são príncipes. Assim como é bem verdade que isso não é verdade.

De acordo com o tal documentário, somos influenciadas de uma forma sutil, porém evidente. Por anos de nossas vidas ouvimos histórias com o mesmo enredo: que um dia o príncipe virá num cavalo branco, salvar a princesa do perigo e da monotonia, e ele será lindo, perfeito e cheio de qualidades.

Agora me diga quantas mulheres você conhece que tiveram a sorte de ter um príncipe em suas vidas? Poucas, ou quase nenhuma.

Eu particularmente ficaria com a pulga atrás da orelha se encontrasse em um homem todo um pacote de “perfeição”!

Falo sério... Nunca acreditei em príncipes. O que não quer dizer que nunca tenha esperado pelo meu.

Mas voltando ao documentário. Além dos contos de fadas, o debate ainda incluiu os romances de hoje, as comédias românticas e os seriados de televisão. E criticou duramente o papel da mulher que espera que o homem seja a principal chave para a resolução de seus problemas. Como se as dificuldades pudessem sumir com o primeiro beijo do amado! E como se as mulheres não tivessem força o suficiente para se virarem por conta própria. (Rapunzel poderia ter amarrado a ponta de suas tranças e feito rapel torre abaixo! Sozinha!)

Sei que um pouco de fantasia não faz mal a ninguém, mas temos que abrir os olhos de vez em quando, pra não nos machucarmos. E não confundir ficção com realidade.

Meu pai bem que tentou, porém me explicou errado.

Quando eu era pequena e ficava com medo das bruxas, dos desordeiros e intrigueiros, meu pai sentava comigo e dizia que aquilo não existia no mundo real, que era só coisa de filme. E eu acreditava na linda frase “E viveram felizes para sempre”.

Pobre do meu pai... Pobre de mim... Ele podia ter me dito que os príncipes é que não existiam.

Porque maldade e inveja existe sim. E também que existe divórcio, separação, traição, fofoca, intriga, bruxas! (Sai de mim!!)

Nosso mundo atual está carente de finais felizes não acham?!

Ainda bem que a geração de hoje tem filmes mais realistas... Vejamos Shrek por exemplo... rs

...

“Onde está meu príncipe encantado” – dirigido e escrito por Erin Brown que diz “Nos filmes, o príncipe encantado sempre chega no aeroporto e diz ‘eu te amo’ no último minuto. Mas na vida real, somos sortudas se eles ao menos aparecem por lá”.

4 comentários:

  1. Talvez os contos de fadas sejam uma forma sutil de manipulação, onde estimula-se um determinado padrão de vida. Ou seriam necessários para manter um padrão de estrutura familar? Só tenho perguntas... mas sei de duas coisas, eles já estão a uma boa distância da realidade, mas acho que não o abandonaremos tão cedo... pois isso afetaria drasticamente a indústria cinematográfica e "novelística". Concorda?

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  2. ah os mitos! hahahaha. to adorando suas crônicas balzacas. se um dia me der a honra de uma olhada em > http://letraempo.blogspot.com/

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  3. Amiga vc já percebeu que nos contos de fadas a estória sempre termina assim: Casaram-se e foram felizes para semrpe! Claro né...depois do casamento deixa de ser conto de fadas.

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  4. Pensamos da seguinte forma: há muitos sapos que podem virar príncipes. Mas tb há príncipes que se transformam em sapos. Correr o risco ou não? Rsrs

    Bjsss

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