26/01/2011

Tempo

“O tempo é muito relativo” Ele me disse durante uma discussão sobre a duração de relacionamentos, o tempo para chegar ao altar, o momento de descasar. Mas é a mais pura verdade que antes mesmo que ele fizesse essa observação, eu havia chegado à mesma conclusão partindo de outro ponto de vista; o meu próprio blog.

Relendo algumas coisas percebi o quanto nossa percepção sobre o tempo pode variar em relação a si próprio ou aos outros. O que eu penso sobre o tempo hoje, pode ser diferente do que você pensa, e daqui a alguns anos é possível que pensemos de forma totalmente oposta.

Você acha que 7 anos de namoro é muito tempo? E seis meses? Será o suficiente para resultar num casamento?... Dependendo da sua “bagagem”, da sua e da minha experiência, nossas opiniões sobre essas perguntas vão divergir.

Não há unanimidade quando o assunto é tempo. A não ser quando dizemos que ele passa, cura e que ele ajuda... E isso eu não discuto. (E o que ficou pra trás é história)

Mas cometi um grave erro: avancei no tempo, sem necessidade. Mais ou menos como quando a gente deseja ter 15 anos quando tem apenas 10, ou quer ter 21 quando tem 17. Deixamos de viver o momento porque almejamos o futuro. (Lado bom e lado ruim, mas enfim...)

No meu caso, por conta de um desgaste mental, do ambiente em que eu vivia e da percepção de tempo das pessoas a minha volta, eu me senti “a beira dos 30 anos”. Quando na verdade a minha idade era 26, ou seja, faltavam longos 4 anos para eu chegar aos 30, mas já me sentia lá.

E pior do que isso; fiz dos “30” uma idade ultimato, ponto final, última parada, como se não houvesse nada depois dela. Como conseqüência dessa forma de pensar, eu avancei fases, sofri um bocado, deixei de fazer algumas coisas e usei, por várias vezes o “quase 30” como desculpa.

Sorte que de repente a gente tem um “estalo”. E toda a sua percepção sobre o tempo muda. (Não sei explicar exatamente quando essa ficha caiu) E, apesar de mais próximo, eu ainda não tenho 30. Nem 40, nem 50. Eu tenho é muito tempo pela frente, assim espero. Nunca valorizei tanto o presente. Me surpreendo ao chegar a essa conclusão. Melhor... Fico feliz!

Obs.: Mudarei a descrição do blog em breve, já não combina mais comigo!

6 comentários:

  1. Carol, penso que o tempo na verdade é quase nada, uma vez que é o instante! O tempo passado? São lembranças... O tempo futuro? Apenas anseios...

    Um poeta disse uma vez que somos três pessoas em uma, quem pensam que somos, quem pensamos que somos e quem realmente somos!
    Parece que qdo as reconhecemos e as sintonizamos as coisas acontecem numa certa fluidez de um rio calmo. Que vira a esquerda, a direita, divide-se, cai das alturas, mas chega onde quer sem perder a unidade.

    O tempo é, para quem tem as rédeas da vida, um balizador. E para quem vive preso no passado ou hipnotizado por um ideal de futuro, é um carrasco.

    Impossível não pensar na música "O velho e o moço" dos Los Hermanos.

    E como sempre, diante de um texto instigante, fica a sensação de ter dito quase nada perto da vontade...

    Bjs

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  2. A proximidade da terceira década costuma mesmo gerar essa necessidade duma faxina. Chamar de crise é besteira, pois não é. Não no sentido clássico do termo. Na definição do David Gilmour em Time, pode ser mais ou menos assim:

    “Every year is getting shorter, never seem to find the time
    Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines”.

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  3. Augusto e Gil a contribuição de vocês é sempre maravilhosa! Obrigada!

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  4. Carol,

    não nada a ver com o post, é só um recado. Procure na net por Flora Matos... escute.

    Apague a mensagem.

    Bj

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. É minha querida...
    Essas coisas que criamos empurram a gente para um abismo que não existe!
    Damos aquele ultimato para nós mesmas e ai?
    E ai nada!
    Pensar é uma coisa. Natural e faz parte! Mas fazer com que nossos pensamentos tomem proporção maior do que são, atrapalham nossa vida!
    Estar prestes a chegar aos 30 assusta! Como escrevi no meu blog, não estava pensando nisso, a proximidade me obrigou a pensar.
    Agora, até que ponto isso vai reger a minha vida? Rs. me conhecendo como conhece, sabe que ponto nenhum!
    Mas... refletir é sempre importante!
    Amo vc e seus textos! Faz o favor de voltar pra cá! Assim eu me animo tb!
    Bjs

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