26/06/2010

E se ele não vem?

Não choro. Não para esses tipos de acontecimentos.

Talvez pelo fato de eu não ficar triste quando coisas assim acontecem. Que tipo de coisas? Encontros que não saem, furos, desprezos, gente que enrola, que demonstra mas não chega, que faz que vai e não vai, que não é claro nos seus objetivos, que não entende o que você fala. Sensações que vão desde a ansiedade, passando pela expectativa, terminando na deprimente frustração!

Imagina um avião lindo e imponente planando no ar na maior tranqüilidade, tudo que se espera é que ele chegue ao seu destino com a mesma calma, eis que de repente todos os alarmes vermelhos começam a soar e eles são ensurdecedores, e as luzes piscam, as máscaras caem, e em questão de segundos o avião começa a cair por mais que o piloto grite “Mayday” “Mayday”, e é tudo tão rápido que não há nada a fazer... boom!

Trágico eu sei, mas é o que se sente. A expectativa vai de cara ao chão. (Consigo ouvir até o barulho do assovio com a bomba no final)

E pensando dessa forma eu deveria mesmo sentar no chão e chorar (acho melhor procurar uma analista), mas o que eu sinto de verdade é raiva; da pessoa e de mim por ter contado com a pessoa.

É... Deve ser por isso que eu não choro.

Em compensação, faço uma série de outras coisas preocupantes. Como comer compulsivamente (chocolates, bolos, tortas, doces, bebo muito... Café tá), ou gastar dinheiro em comprinhas desnecessárias (um cinto, uma blusa, por exemplo) e por fim, dou uma maltratada em que não tem nada a ver com nada (colegas de trabalho, família, alunos?! Coitados.)

Mil coisas passam pela nossa cabeça. Infelizmente sou muito contida. Podia voar no cidadão e acabar com a raça dele, mas não desço do salto. Não... Não choro e não desço do salto, acho um desaforo isso, pois eu devia. (Acho que se um dia eu descer do salto vai ser sinistro, pois vou botar pra fora toda a raiva contida, saiam da frente ou comprem ingresso pra assistir, eu compraria).

Prefiro pensar que quem saiu perdendo é o outro e não eu. Apesar de me bater uma vontade louca de ir embora, de viajar, de mudar de cidade, de ir para um lugar onde tudo seja novo. Onde ninguém saiba do meu passado e nem preveja meu futuro (Sim, quem te conhece fica prevendo seu futuro, planejando sua vida por você, um saco)

Ah... E fico chata. Eu sei... Fico rude também. (Sorry, deal with it!)… Mas eu to no meu direito; ai de quem discordar de mim. Meu avião acabou de cair! Ora...

(um pouco de ar e um gole de água...)

Felizmente depois de um tombo sempre há o momento de se levantar. E nossa “casca” vai ficando grossa de tanto cair. (Lembro-me da música Fighter da Christina Aguilera agora...)

...

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