12/08/2009

O Funeral

A primeira coisa a fazer quando se termina um relacionamento que com certeza não tem volta é realizar um funeral. Enterrar de vez tudo o que te lembre do ex, faz parte do processo de desprendimento. Sim, ele agora é ex. E esse é o primeiro passo. Reconhecer-lo como tal. Façamos então, um modelo de funeral americano. Demorado, com cerimônia e classe. Retire todas as fotos de vocês do quarto e da casa. Separe as dos álbuns, guarde se quiser, jogue fora se achar melhor. Mude as coisas de lugar. Onde antes você tinha uma foto dele, reorganize a mobília para não lembrar que aquele lugar já pertenceu a ele. Livre-se dos arquivos de computador. Pastas e fichas com seu nome, cartinhas, e-mails, conversas de MSN, delete! Sites de relacionamentos? Se realmente lhe incomoda vê-lo online, aperte o botão de bloqueio, sem sofrimento. Em seguida, iniciamos a melhor parte. O momento de se presentear. Mas não vá pensando que você vai sair por aí gastando os tubos pra extravasar a raiva contida. Tem que ser inteligente. Senão, gastamos o que não temos e acabamos numa depressão só e o ex ainda vai pensar que estamos sofrendo por ele. Seja cautelosa. Abra o armário e escolha alguma coisa que você possa jogar fora e comprar uma nova. Alguma coisa que te lembre o ex. Uma peça simbólica. No meu caso, um par de tênis que tinha praticamente a mesma idade do meu relacionamento. Destino? Lixo! Dinheiro? Tênis novos! Vida nova, novas calçadas para andar. Boa compra. Mas o funeral ainda não acabou. É hora de cuidar do seu visual. Afinal, a viúva é a estrela da festa. Pense no que seu ex mais gostava em você. E então analise duas opções: deixar mil vezes mais bonito(a) ou simplesmente deixar do jeito que ele mais odiava! Eu explico. Cabelos compridos! Como ele amava meus cabelos compridos. Mas pra mim eles me pesavam nos ombros, no bolso e na paciência. Eram lindos, mas nunca me importei de cortá-los, deixava crescer por ele, porque ele gostava. O que foi que eu fiz? Escolhi a segunda opção. Passei o dia no salão e cortei tudo! Leve, curto e repicado, no meu estilo mais rebelde. A minha maior expressão de liberdade. Livre, muito livre! E para finalizar, como todo funeral americano, há uma festa. De que adianta toda a preparação se não houver uma festa. “Vamos beber o defunto”, o povo diz. Então, vamos celebrar uma nova fase, junto aos amigos, com uma boa bebida, muito alto astral, cabelos novos, tênis no pé, micareta fora de época, to indo, beijo...!

Um comentário:

  1. Muito bem, é vida que segue! Boa sorte na solteirice e que ela dura o tempo certo.

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